Paciência… Como Não Perder Grandes Oportunidades.

Com o mercado da agilidade aquecido cada vez mais, é muito comum encontrar novas pessoas agilistas entusiasmadas, ou talvez impacientes, em querer aplicar diversas melhorias em seu novo time / organização e mostrar resultado o quanto antes. Caso esse seja o seu perfil, saiba que você pode estar perdendo grandes oportunidades e esse post pode ajudar você.

Antes de mais nada, vou apresentar o início de uma história para ficar mais fácil a visualização. Certa vez, um novo agilista chegou no time de um determinado produto e, assim como ele, o time era novo. Entretanto, quase todos os integrantes desse time já se conheciam e haviam trabalhados juntos por um tempo. O que você faria nesse contexto?

Talvez um team building para trabalhar a confiança no trabalho entre os integrantes? Ou utilizar o Statik para ajudar a mapear o fluxo de trabalho e ter um time mais focado em eficácia? Que tal ajudá-los a definir qual a sua missão e o motivo da existência desse time? Quem sabe medir o que eles já entregaram e começar a ter mais previsibilidade para as histórias que estão por vir?

Como vocês podem ver, são inúmeras opções e caminhos que podemos tomar, certo? Por isso, caso você tenha escolhido uma dessas opções, muito provavelmente você está errando em algo.

A primeira ação de um agilista deve ser… 

Para entender melhor esse ponto, apresento aqui um dos princípios do pensamento sistêmico e complexo chamado Darkness Principle. Jurgen Appelo – autor do livro Managing for Happiness – Games, Tools, and Practices to Motivate any Team – descreve este princípio da seguinte forma:

This principle says that each part in a system is not aware of all behaviours that occur elsewhere in the system (…) The darkness principle explains that each worker has only an incomplete mental model of all the work.

Ou seja, para ter uma atuação baseada em uma abordagem sistêmica, é preciso entender o todo. Por isso, a comunicação e a observação são fundamentais nesse processo, pois irão te ajudar a entender como o time / organização chegou até o momento atual, assim como o passado.

Trocando uma ideia sobre o tema com a Jana Pereira, ela trouxe o termo leitura do ambiente e, para uma pessoa agilista, é imprescindível entender as interações entre as pessoas. Por isso, minhas primeiras semanas em um novo ambiente costumam ser consumidas por conversas cara-a-cara (mesmo que de forma virtual) e anotações. Certamente, isso me ajuda a mapear e construir um backlog de problemas, possibilitando que eu tenha uma atuação mais estratégica.

Portanto

Chegar com uma ação na manga sem entender o problema a ser resolvido, tende a não dar certo, pois pode estressar o sistema a ponto de gerar novos traumas e até resistências que antes não haviam.

A história que contei lá no início foi real e aconteceu com um agilista que havia acabado de entrar na empresa. Logo na primeira semana, meu amigo já preparou a ferramenta que o time utilizava para extrair métricas automatizadas do fluxo de trabalho. Porém, o time não havia nem conversado e definido um fluxo adequado para a realidade deles.

Ter calma e entender o porquê antes de qualquer ação é crucial para qualquer agilista. Isso faz com que você consiga contornar diversas situações e traumas com determinados métodos e frameworks que as pessoas possuem.

Não adianta querer abraçar o mundo com as pernas. Assim como as funcionalidades de um produto, os problemas também devem ser priorizados. 

Grande abraço.

Mostrando 2 comentários
  • Elida Martins
    Responder

    Cara!!! Super rica essa observação.
    Conhecimento aprendido, valeuuu em.

  • Diogo Riker
    Responder

    Opa Elida!

    Obrigado pelo comentário! 🙂

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