Tuckman: Como Impulsionar seu Time em Cada Estágio?

E aí, galera! Já falamos aqui sobre como entender o Seu Time de Acordo com o Modelo de Tuckman é fundamental para nortear os seus experimentos com sua equipe em busca da performance desejável. No post de hoje, daremos algumas dicas para impulsionar o seu time em cada estágio desse modelo.

Caso queira entender melhor cada etapa, recomendo ler o post anterior sobre o tema antes de iniciar este.

Estágio um: Forming.

Esse é o momento de formação do time, logo características como comunicação cautelosa, baixo nível de confiança, ausência de procedimentos e propósito não compartilhado são muito comuns aqui. Ou seja, este grupo está sem identidade e não reconhecem-se como um time.

Nesse estágio, é preciso construir a identidade e propósito desse grupo, além de deixar claro qual o impacto do trabalho da equipe na vida das pessoas, além de identificar os princípios que os deixam orgulhosos de si.

Henrique Santanna, no curso de Liderança Sistêmica do Software Zen, explica um modelo bastante interessante que ele criou chamado Roda da Identidade:

Roda da Identidade do Henrique Santana para impulsionar sua equipe em cada estágio de Tuckman
Roda da Identidade | Henrique Santana

Um bom primeiro passo é identificar quais são as práticas do grupo. Em seguida, procure entender – junto com todos – qual é o propósito por trás dessas práticas. Isso é importante, pois ajuda a convergir as diferentes percepções em um único entendimento para os membros da equipe.

Quando esses dois pontos estiverem claro para todos, questione os impactos que estes fatores tem no dia-a-dia das pessoas (clientes, stakeholders, membros do time) e, a partir dessas informações, comece a construir a visão do time.

Outra ação muito importante é conhecer os membros da equipe. Incentive momentos de integração para começar estimular a confiança entre eles.

Momentos fora do ambiente de trabalho (happy hour, por exemplo) são importantes para criar elos mais fortes no time.

Estágio dois: Storming

As características mais comuns nesse estágio são: qualidade da entrega diminui, prazos atrasam, ausência de consenso, conflitos sobre o objetivo, comunicação mais aberta, disputa de papéis, etc. 

Acredito que é uma das etapas mais cansativas que se tem. Porém, é extremamente necessária, apesar de parecer caótica, pois é o momento em que o grupo começa a olhar para o coletivo, sendo importante deixar clara as regras do jogo.

Ter acordos claros sobre o funcionamento e modelo de gestão são primordiais nesse estágio, pois ajuda os integrantes do time a tangibilizar os comportamentos necessários. Além disso, estimular a troca das opiniões divergentes ajuda bastante a deixar o time mais resiliente.

Esclareça a definição dos papéis, conceito e objetivo de autonomia, alinhamento de metas, estímulo de feedback e treine-os para a gestão de conflito (através da comunicação não violenta, por exemplo).

Estágio três: Norming

Quando as coisas começam a caminhar com mais objetividade, onde o grupo de pessoas transforma-se em um time. Podemos resumir esse momento como: 

Equipe funciona bem, embora possa ter uma melhor performance.

Os papéis já estão bem definidos e aceito por todos, os membros têm pouco ou quase nenhum medo de conflito e o próprio time passa a definir as regras do jogo internamente e colaborativamente.

A busca pela autonomia aumenta, assim como a necessidade de pensar de forma mais estratégica. Portanto, metas mais desafiadoras, feedbacks e reconhecimentos constantes são essenciais para satisfazer as necessidades do time. Algumas práticas como Feedback Canvas, 1:1, Kudo Cards encaixam-se perfeitamente nesse momento. É importante também estimular eles a identificarem pontos de melhorias por si só.

Estágio quatro: Performing

O seu time já é totalmente autônomo, os membros preocupam-se uns com os outros, a cultura e a identidade estão definidas, além de aplicar melhorias continuamente.

Você deve estar pensando “Maravilha Diogo, meu trabalho então está finalizado!”. Como diria Fausto Silva: EEEEERRRRROOOOU. Infelizmente não! Nesse momento, é preciso encontrar novas formas para engajar sua equipe, além de difundir as boas práticas.

Gamificação pode ser uma excelente forma para engajar o seu time. No post Gamificação na Prática: Por Onde Começar? temos disponibilizamos um canvas para ajudar a pensar gamificação de forma estratégica.

É importante, nesse momento, desenvolver a liderança dos integrantes do time. Ter um rodízio de líderes internos e reuniões de trocas de aprendizagem possam alavancar esse processo. Vale lembrar também a importância de se ter conversas constantes sobre o funcionamento do time a fim de amadurecer o sentimento de ownership dos integrantes.

Portanto, trabalhar com pessoas não é algo tão trivial e ter uma atenção focada no time é fundamental para o bom andamento de uma organização. Identificar o momento em que o grupo encontra-se é importante para dar contexto para suas ações.

Quando falamos sobre equipes, é preciso ter em mente que estamos considerando o longo prazo. Evoluir um time é mexer em sua cultura e essas mudanças costumam levar certo tempo. Elas não acontecem do dia para a noite.

Espero que essas dicas ajudem na aceleração desse processo.

Para quem quer entender mais sobre o assunto, recomendo o curso de Liderança Sistêmica do Software Zen. 

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