Um copo de chopp e Agile Trends

O Agile.Pub não esteve no Agile Trends que ocorreu nos dias 29 e 30/04/2016 em São Paulo. Mas nem por isso, vamos deixar vocês sem um gostinho sobre como foi esse evento. Para isso, convidamos os amigos Fábio Sanches, Priscila Machado e Renan Vicente, que estiveram lá no Agile Trends 2016 e aceitaram a nossa mini entrevista.

Conheça um um pouco sobre nossos entrevistados:

Fábio Sanchez

Casado, triatleta e bodyboarder. Mestre em Engenharia Elétrica pela USP e Engenheiro Eletricista pelo Mackenzie. Já foi desenvolvedor de sistemas embarcados, Scrum Master, Product Owner, Coach Ágil e agora atua como Coordenador de Desenvolvimento em São Paulo no Grupo LTM. LinkedIn

Priscila Machado

Trabalha na Bravi Software em Florianópolis. Atualmente é UX Researcher fazendo customer discovery e melhorando a experiência dos nossos usuários. É uma das organizadoras do Agile Floripa, a comunidade que ela participa organiza meetups e esse ano começaram também a organizar eventos maiores. LinkedIn

RENATO VICENTE

Paulistano que atua há oito anos na área de desenvolvimento de software e hoje em dia é Analista de Sistema Pleno trabalhando há quatro anos na consultoria Capgemini. LinkedIn

Vamos a entrevista:

FOI SUA PRIMEIRA VEZ… NO AGILE TRENDS?

Não, eu fui na edição de 2015.

Sim, primeira vez no Trends, tanto como voluntária quanto como congressista.

Opa, sim, primeira vez ;). Evento muito bacana, única coisa que chateou foi o frio paulistano (rs) que fez nos dois dias de evento, mas lá dentro as talks trends esquentava o lugar, destaco os palestrantes que tive a honra de conhecer e que mudaram minha forma de ver agilidade Prof. Jorge Audy da PUC do RS e Vitor Massari que ministra o curso. Voltando ao assunto da primeira vez, foi bom.

QUANTO TEMPO VOCÊ TRABALHA COM AGILIDADE?

Meu primeiro contato com ágil foi em Manaus (2007) como desenvolvedor de firmware no Instituto Tarumã [Atualmente, Instituto Intera Tecnologia]. Depois, mergulhei no ágil de cabeça em 2013.

Meu primeiro contato foi em 2008 com Scrum, mas foi só em 2010 quando estudei agilidade para escrever minha monografia da graduação que realmente fui entender o que havia por trás do processo.

Depois das talks que vi, eu acho que até hoje o que vivi não era agilidade. Enfim, em time ágil estou há 5 anos atuando como desenvolvedor e com o scrum é uma experiência recente de apenas 5 meses, mas como uma disposição de trazer o tudo que ouvi para o meu dia a dia.

O QUE TE CHAMOU MAIS ATENÇÃO NO AGILE TRENDS?

A quantidade de eventos “informais” paralelos que aconteciam nas tendas, por exemplo, eu vi uma apresentação do Paulo Caroli sobre inovação na tenda do ThoughtWorks. Assisti outra sobre criação de backlog na AdaptWorks. Conteúdo de grande qualidade, rápido e com muita interação de quem estava presente.
Outra coisa que me impressionou foi a rapidez de respostas no quadro de feedback. Existia um quadro com pontos positivos e pontos negativos e tinha uma equipe focada em resolver o que era negativo. Eu vi a equipe realmente empenhada em resolver todos os itens.

A proposta é um pouco diferente dos outros eventos de agilidade que já fui, por oferecer talks pequenas não entregam conhecimento com tanta profundidade, mas mesmo assim é o bastante para deixar curiosidade e instigar ótimas conversas que são discutidas durante os 18 minutos de perguntas de cada sessão e depois nos corredores.
Gostei bastante da qualidade das talks apresentadas por mulheres, foram 12 mulheres palestrando e mais uma facilitando um fishbowl, um número ainda pequeno em relação a quantidade de homens, mas tenho a esperança de ver esse número crescendo a cada evento.
Os Open Spaces acontecendo nos stands também foram bem interessantes, não consegui ver de todos os expositores, mas acompanhei alguns da Adaptworks e outros da Thoughworks que adicionaram muito valor ao evento.
Esse ano tivemos a nova sessão Show me your board*, onde algumas empresas puderam mostrar como realizam gestão visual, o quadro da Taller chamou muita atenção da platéia, eles já tem bastante maturidade na utilização e com certeza deixaram muitas pessoas com vontade de sair colando post-it na parede!
*“O Show me your Board! é uma sessão de demonstração de kanbans e quadros de atividades de equipes reais em nível avançado de agilidade.
Cada equipe apresenta seu board, explicando a sua mecânica, fluxos de trabalho, técnicas de comunicação e de gestão visual que utiliza.”

Bastante coisa (rs) para mim foi tudo novo, mas vou listar: o fácil acesso ao local, lounge para conversa, teve um mural de oportunidade, um de feedback “lembrei até do seu post Feedback Wrap”, as talks do Cristiano Basso sobre Feedback – acelerando a melhoria continua no ambiente organizacional, Marco Antonio da Silva sobre Agile PMO – na condução de projetos de inovação.
Mas as talks Modelos Híbridos do Vitor Massari e Ferramentas essenciais na cultura da agilidade do Prof. Jorge Audy, gente boníssima esses caras, sempre prontos a tirar dúvidas a conversar e dividir o conhecimento, foram o que realmente chamou minha atenção.
Assuntos que não precisamos seguir fielmente o manifesto ágil, devemos sim ter ferramentas que vão tornar organizações mais ágeis e por fim a frase que algum deles falou “Ser ágil, está em sua forma de pensar ágil”.

GOSTOU DA CERVEJA DO AGILE TRENDS?

Eu não experimentei a cerveja do Agile trends, pois tinha competição de natação no outro dia e você sabe, uma chama a outra e assim vai, rsrs ! A fila estava um pouco grande, mas quem tomou falou bem.

Tivemos 3 happy hours do evento, nada melhor para fazer amigos! Além disso, tinha cerveja no stand da Adaptworks. Adoro a proposta deles, ano passado fizeram o mesmo no Agile Brazil.

Então Jana eu não bebo, mas foi oferecido, porém fiquei no café que esse sim posso dizer que estava ótimo 😉

DO QUE VOCÊ APRENDEU OU GOSTOU DO AGILE TRENDS, O QUE JÁ VAI APLICOU NESSA SEGUNDONA 02/05/2016?

Eu gostei muito da apresentação do CEO da Just Digital, o Rafael Cichini, o nome da apresentação era colocando o elefante na sala. Ele falou sobre o canvas de The Culture Map uma ferramenta criada por Dave Gray para mapear o status de cultura da empresa e também criar um mapeamento do que desejamos para empresa.

Eu gostei muito da apresentação do Abu sobre 7 dimensões do produto, a apresentação foi muito prática. A técnica foi criada pela Ellen Gottesdiener e Mary Gorman e foi apresentada no livroDiscover to Delivery. Eu uso essa técnica nas plannings com minha equipe e acho que ajuda a melhorar o entendimento das histórias.

A Talk do Jorge Audy foi bem interessante, comprei o livro dele (Tool Box) para ter sempre a mão e buscar algumas ferramentas novas para aplicar na Bravi. A sessão dele com a do Vitor Massari ganhou o prêmio Luca Bastos.

Eu aprendi que não devemos ser fechados no manifesto ágil como pensava. O Agile Trend mostrou que podemos aplicar muita coisa do PMBOK mesmo para ajudar nossa vida e ferramentas que vão ativar o espírito ágil na organização, agora o que posso aplicar nessa segunda? Nada (rs) estou de férias.

VOCÊ VOLTA NO PRÓXIMO AGILE TRENDS?

Sim, com certeza !

Provavelmente estarei ano que vem, nesse ano perdi o prazo para submeter palestra, mas quem sabe ano que vem eu esteja lá apresentando também!

Volto sim, evento bacana demais certeza 2017, estou dentro 🙂

Esse foi o resultado da nossa mini entrevista, três experiências diferentes sobre o mesmo evento. Sempre que possível, participe dos eventos independente da magnitude do mesmo, há sempre o que se aprender, admirar, renovar e compartilhar, nem que seja para fazer novos amigos ( no happy hour).
Obrigada a todos que participaram da nossa entrevista. Excelentes respostas!!! Muito obrigada por sua participação. Quanta coisa legal!!! Agile.Pub tem que estar lá na próxima. Para tanto, o Agile.Pub vai redefinir e fortificar suas estratégias para participar de mais eventos ágil e trazer muita novidade. Estou louca para saber o que é essa culture map.

Parabéns a Adaptwork pela cerveja!

Até a próxima.

Abraços.

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