E aí, galera!!
No post dessa semana, vou falar alguns motivos sobre o porquê devemos prototipar!
Como falei anteriormente, a partir de um protótipo é possível experimentarmos e analisarmos diversos aspectos do seu produto/projeto/serviço/funcionalidade, como a interação com o usuário, fluxo de navegação, entre muitos outros. Essa ideia fica mais clara ainda quando Tennyson Pinheiro e Luis Alt, autores do livro Design Thinking Brasil, afirmam o seguinte:
O resultado da prototipagem é o aprendizado do que se deve ou não fazer, a descoberta de melhores formas de fazer e a antecipação de barreiras que poderiam prejudicar os níveis de adoção de nova estratégia
Conversando com alguns amigos do canal #AgileUX da comunidade ágil no slack, identifiquei alguns pontos bem interessantes. São eles:
É Barato!
Ora, quem aí nunca teve aquela ideia brilhante sendo ofuscada pela seguinte frase: “Não temos tempo para implementar isso”? Triste, né? Mas para prototipar o valor do investimento é muito baixo. Afinal de contas, tudo o que você precisa está aí no seu ambiente de trabalho: Papel, caneta e pessoas.
Materialização do Abstrato.
Sabe aquela famosa frase “Entendeu ou quer que eu desenhe?”. Então, você consegue materializar sua ideia e dá oportunidade para que outras pessoas entendam o que você está pensando com mais facilidade. Alexander Ostenwalder e Yves Pigneur, autores do livro Business Model Generation – Inovação em Modelos de Negócios, fazem a seguinte afirmação:
Ela [a prototipagem] serve como auxiliar de pensamento, para explorar novas possibilidades. Ela nos ajuda a desenvolver uma compreensão melhor daquilo que pode vir a ser.
Genial, Diogo. Mas tem um probleminha!! Eu não sei desenhar!! E agora??? Calma!!!! Eu também não sei desenhar… Você não precisa saber desenhar, a ideia em prototipar no papel não deve fugir de um simples rabisco.
Antecipar o fracasso.
Quando estamos imersos no contexto ágil, um pensamento é muito importante: Fail Fast! Quando temos uma ideia nova, não temos certeza se ela vai funcionar. Imagine que você tem uma grana curta para gastar em seu projeto e milhões de ideias e sugestões de funcionalidades para implementar. Como escolher a mais assertiva? Escolha a que está mais alinhada com o objetivo de negócio, rabisque ela e tente falha-lá rapidamente. É mais barato e seguro errar enquanto rabisca do que uma funcionalidade finalizada.
Validação da hipótese.
Para mim, esse é o principal objetivo na prototipação em papel (ou de baixa fidelidade). Acredito que a principal pergunta que devemos considerar aqui é: O que você espera aprender com esse protótipo? Conversando com Augusto Rückert sobre sua apresentação para o TDC 2016 em Porto Alegre, fica muito claro o objetivo de um processo de prototipagem. De acordo com ele:
O protótipo, em um ciclo ágil, serve para aprender se o que pretendemos está correto. Então, é importante entender o que tu está buscando nesse processo de prototipagem.
Aprender sobre como os usuários se comportam nessa situação, com essa interface. Aprender sobre quais as preferências de estilo, aparência, gostos dos usuários ou aprender se as tecnologias nos servem para entregar o que queremos entregar.
Na minha visão, validar suas hipóteses é o jeito mais rápido e assertivo para priorizar a próxima funcionalidade a ser desenvolvida :).
Melhorar sua ideia.
Tendo em mente a cultura do feedback, é possível melhorar a sua ideia. Normalmente, não costumo prototipar sozinho. Sempre procuro envolver mais pessoas nesse processo. Para a nossa área, a multidisciplinaridade é essencial, pois ela nos permite enxergar além do básico, como entender melhor um problema, por exemplo.
Normalmente, quando você tem uma ideia, é comum se apaixonar por ela. Esse é o pior erro que podemos cometer, pois não permitimos que insights novos a modifiquem. Quando outra pessoa analisa sua ideia, a chance dela identificar uma nova característica é muito maior. Portanto, desapegue e ouça a opinião dos outros.
Esses foram alguns pontos que identifiquei sobre a prototipação no papel. Além deles, convido vocês a lerem o post anterior sobre esse assunto, lá falo também de alguns benefícios para o time :).
E então, vamos prototipar 😉 ?
Um grande abraço,
Muito importante prototipar, alguns acham, perda de tempo mas precisam se adaptar a essa nova mentalidade de contexto ágil.
Parabéns por compartilhar!!
Valeu Wendel. No contexto complexo, quanto menos incerteza tivermos melhor é o andamento para um bom resultado. 🙂