Team Building: A Relação do Visível com o Invisível

E aí, pessoal!! Sua equipe, depois de várias semanas trabalhando junto, ainda está sem tração? Pois bem, geralmente isso acontece devido a falta de clareza da relação do visível com o invisível, impactando diretamente os estágios do seu time de acordo com o modelo de Tuckman.

Em nosso último post, falei sobre um modelo chamado Roda da Identidade que conheci por meio do Henrique Santana no curso de Liderança Sistêmica do Software.Zen e como pode ser útil na fase de formação de um time. Ela utiliza como base a seguinte frase: 

“O visível orienta, o invisível move. (Henrique Santanna)”

Ou seja, tudo aquilo que é visível em nosso dia-a-dia nos ajuda na orientação sobre como agir ou realizar alguma tarefa, e surpreendentemente, o invisível é o responsável pela motivação na realização algo. Ao passo que, no papel de agilista, é fundamental entender como a essa relação afeta o dia-a-dia de uma equipe.

Em virtude de o time ser novo, recentemente, fiz um team building em um time de oito pessoas e utilizei essa dinâmica. Os resultados foram bem interessantes.

Dinâmica Roda da Identidade | A Relação do Visível com o Invisível
Dinâmica Roda da Identidade

Como Funcionou?

Primeiramente, iniciei falando a frase em destaque e expliquei para todos o que ela significa, assim trazendo alguns exemplos do cotidiano do time.

Comecei de dentro para fora. O primeiro passo a ser preenchido foram as práticas. Pedi para que cada membro da equipe listasse individualmente todas as práticas que eles realizavam no dia-a-dia. (Timebox: oito minutos).

Em seguida, agrupei os cartões repetidos e pedi para que cada integrante falasse um pouco sobre essas práticas, gerando assim um entendimento coletivo. (Timebox: cinco minutos).

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A partir daí, fui para o propósito. Questionei o time sobre o porque deles realizarem aquelas atividades? Porém, dessa vez conduzi diferente. Deixei que o tema fosse debatido com a finalidade de gerar discussão sobre os itens e ouvir os insights que iam surgindo, além de promover alinhamento entre eles. (Timebox: oito minutos).

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Por consequência, segui para o impacto quando todos estavam na mesma página em relação às práticas e o propósito. Posto isso, levantei as seguintes perguntas: Qual era o impacto de tudo o que foi discutido para o time, o negócio, a empresa, os clientes etc? Pedi para que cada um escrevesse individualmente e depois fui agrupando e abrindo espaço para o debate (semelhante a etapa um e dois). Sem dúvida, essa fase trouxe boas discussões e esclarecimentos para todos.

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Tendo todos essas etapas esclarecidas, fui para a visão. Questionei o time: “Considerando tudo isso que conversamos aqui hoje (prática, propósito e impacto). Qual é a visão do nosso time? Para onde queremos ir como uma equipe?” (Timebox: oito minutos).

Nessa etapa é muito importante esclarecer o significado de visão para o time.
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Com a visão do time formada e alinhada com todos, voltei a olhar para as nossas práticas, questionando da seguinte forma: “tendo a visão como base e olhando para as nossas práticas, quais delas não estão tão alinhadas com a nossa visão?

Na minha percepção, esse foi o momento que algumas fichas caíram para os participantes, pois trouxe uma reflexão em cima de algo que foi construído coletivamente.

O time destacou algumas práticas, levantamos alguns experimentos e assim finalizamos a dinâmica.

Minhas percepções…

Por fim, essa dinâmica mostrou-se bastante interessante devido ao fato de trazer insumos do dia-a-dia para construção de uma visão. Isso facilitou bastante para que o time chegasse num resultado mais realista. 

Ei pessoa facilitadora,  quer se aprofundar nesse tema? Então baixa o nosso e-book A Arte da Facilitação para ter novas perspectivas desse papel tão importante! Lembre-se: É gratuito!

Ademais, outro benefício dessa dinâmica é que ela ajuda a dar clareza da relação do que é explícito com o que é oculto. As práticas e os impactos são perceptíveis para todos do time. Já o propósito e a visão são conceitos que move a equipe, mas não é tão evidente ao olho nu para todos. 

É provável que dependendo da maturidade do seu time, algumas das etapas podem ser mais complicadas de serem conduzidas. Por exemplo, caso o seu time não tem percepção de entrega de valor para o cliente, muito provavelmente o impacto será afetado durante a condução, podendo gerar muitas dúvidas sobre quem é o usuário ou stakeholder.

Portanto…

Essa dinâmica mostrou-se bastante interessante, de tal forma que ajudou à todos a deixar claro a relação do que o time faz, qual o propósito e impacto e como podemos evoluir algumas práticas quando temos essa percepção.

Em resumo, utilizei algo em torno de 1h30, as discussões que apareceram durante do debate foram muito bom e gerou bastante aprendizado. Tanto para o time, quanto para o facilitador ;).

O que achou desta dinâmica? Já conhecia? Conheceu lendo aqui? Acima de tudo, conta aí nos comentários a sua experiência ou seu feedback.

Abraço!

Mostrando 2 comentários
  • Juliana
    Responder

    Ótima dinâmica, obrigada por disponibilizar esse conteúdo tão importante!

  • Leoneide Rodrigues tonso
    Responder

    Que rico esta experiência que vc trouxe!
    Vou ler novamente e já pensei aqui em aplicá-lá para eu ir praticando sabe.
    Tenho um grupo de amigas 50* onde faço experimentos….

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Acelerando Modelo TuckmanUm Olhar Para O Problema