E aí, galera!!
Semana passada rolou mais uma edição do Scrum Gathering Rio 2017. O tema desse ano foi sobre transformação digital. Além desse tema super bacana, o diferencial dessa edição, para mim, foi ter participado como voluntário. Foi, simplesmente, uma experiência incrível de muito aprendizado, além de ter conhecido pessoas maravilhosas. Nesse post vou falar sobre auto-organização e o que aprendi vivenciando com o time de voluntários!
Como todos sabemos, uma das características de um time de Scrum é seu perfil auto-organizável. Isso é muito claro no Guia do Scrum, conforme a afirmação a seguir:
Times auto-organizáveis escolhem qual a melhor forma para completarem seu trabalho, em vez de serem dirigidos por outros de fora do Time.
Outra característica que merece destaque é o seu perfil multifuncional, ou seja, um time de Scrum deve ter todas as competências necessárias para completar um trabalho, diminuindo as dependências externas de conhecimento. Mas, o que isso tudo tem a ver com o time de voluntários do Scrum Gathering Rio 2017?
Então, tudo a ver! O time de voluntários encontrou-se apenas um dia antes do evento para arrumar os kits a serem distribuídos, conhecerem-se pessoalmente e receber algumas instruções. Foi então que a Auri Cavalcante falou:
O objetivo dos voluntários é fazer com que os participantes tenham a melhor experiência possível, logo vocês estão empoderados para fazer isso acontecer.
Wow!! Isso já mostrou de cara como funcionam as coisas pelo evento. No primeiro dia, antes de começar o credenciamento, nos organizamos para definir em quais palestras iríamos dar suporte, quem iria ficar no credenciamento, no maleiro e no corredor. Entretanto, para fluir melhor a auto-organização, existiam algumas restrições, do tipo “é preciso ter pelo menos dois voluntários por sala”, entre outras.
Ora, faz todo sentido. Restrições são essenciais para que a auto-organização flua tranquilamente, afinal de contas não temos como jogar um jogo sem conhecer suas regras.
Após isso, começamos com força total no credenciamento. Ali já conseguimos sentir o clima do evento. Pessoas chegando, alguns problemas aparecendo, galera se mobilizando para resolver e não deixar o credenciamento parar.
Outra parada bem legal do evento é o mural de feedback, onde as pessoas deixam ali suas reclamações / críticas, elogios e também vagas de emprego.
Constantemente, sempre tinha algum voluntário verificando as críticas / reclamações, procurando resolver ou dar uma resposta. Esse feedback foi essencial para nosso trabalho. Na minha opinião, para esse tipo de ação funcionar é preciso de um feedback constante e quase que imediato, um conceito muito importante que aprendi com a gamificação . Muitas ideias surgiram para a próxima edição do evento.
Outra questão que deve ser abordada aqui é a nossa comunicação. Por não estarmos perto um dos outros todo tempo, precisávamos estar atualizados dos problemas que aconteciam. Graças a santa tecnologia, isso foi possível! Utilizamos um grupo no WhatsApp e ficávamos olhando para ele com muita freqüência. Claro que deixamos contabilizando isso, afinal para melhorar é preciso medir, certo? Ao todo, foram 600 mensagens em três dias.
E o mais importante de tudo! No final de cada dia, não podíamos deixar de fazer a nossa retrospectiva. Enquanto rolava o happy hour do evento, estávamos na sala fazendo nossa retrô, sendo conduzida por outras pessoas. Depois disso, definiamos o plano de ação e já aplicávamos no dia seguinte. Quero deixar meu obrigado ao Ayrton Araújo e Samuel Cavalcante por nos ajudarem nisso!
O mais legal disso tudo, é que algumas pessoas nos paravam no corredor para perguntar porque estávamos indo para o evento para trabalhar como voluntário? não contei aqui mas nosso salário foi de cinco dígitos. Penso que quando um evento está muito alinhado com seus valores, na verdade você pagaria para trabalhar. Falando por mim, aprendi bastante como voluntário, ver como funciona o evento pelos bastidores e fazer parte disso é algo sem igual. Só por ser voluntário, já quebra o gelo entre os participantes e nós. Ter acesso às palestras e workshops que queremos assistir é muito bom. Claro que há momentos em que não dá para assistir a palestra que queremos, mas isso tudo é negociável. Além do mais, não pagamos a entrada do evento, que já é uma ajuda muito boa.
Essas questões nos fez levantar um open space sobre trabalho dos voluntários, a seguir as anotações do nosso bate-papo e o resumo.
Portanto, fica claro que para conseguir ser auto-organizável, temos que ter em mente que a comunicação, as restrições e, o mais importante de todos, o empoderamento são fundamentais! Isso tudo deve ser muito claro para todos, não dando espaço para dúvidas.
Outro ponto que merece ser levantado é o alinhamento dos valores. Trabalhar naquilo que você acredita e que faz parte da sua essência será o ponto chave para você se dedicar realmente ou não, fazendo jus àquela frase: Escolha um trabalho que ame e não terá trabalho.
Para finalizar, deixo aqui uma foto de todos os voluntários e que fizeram um trabalho sensacional. Foi um enorme prazer ter conhecido e trabalho com vocês!! Espero poder encontrá-los na próxima edição :).
Valeu!!
Olá Diogo, tudo bem ?
Encontrei teu site agora a pouco, achei show de bola os posts são instigantes, fui lendo um atrás do outro rsrs, achei bem legal a didática deles. Achei bem interessante o mural de feedback, será que você teria uma foto melhor dele ? Gostaria de bolar algo parecido la pra universidade.
Abraços.
E aí, Geraldo!!!
Td bem? Então.. não tenho aqui, mas vou atrás de alguem que possa ter. Se encontrar, mando para o seu email.
Qualquer coisa, me procura no slack da agilidade (@driker) e te explico melhor como funciona 🙂
Grande abraço.
Olá. Como faço para me tornar voluntária nesse evento em 2020?
Oi Lilian!
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