O nosso cardápio de hoje indicamos a sugestão da casa – Learning Canvas. Técnica para fazer emergir ideias de forma estruturada.
Quem de vocês esteve na seguinte situação: Ser convidado para uma reunião de brainstorming sem saber o porquê da reunião, não tem ideia do que se espera da reunião, mas tem a certeza que serão as próximas horas mais entediantes ou improdutivas da sua vida ( E o pensamento: por que não estou no bar)? Acredito que a maioria vai dizer sim, ou melhor, acabei de sair de uma.
Como facilitadores, estamos sempre de olho em técnicas que podem nos auxiliar para termos reuniões mais objetivas, e por consequência, mais produtivas, que agreguem valor a expectativa do resultado final. Recentemente, conheci a técnica Learning Canvas do Learnig 3.0 (Planos para 2016: escrever sobre o Learning 3.0). De novo essa modinha de canvas?! Sim, acredito que o canvas é uma ferramenta visual bem intuitiva, a ideia por detrás do canvas é muito interessante permitindo compartilhamento de conhecimento colaborativamente.
O Learning Canvas é uma ferramenta para promoção da aprendizagem emergente.
O Learning Canvas organiza o problema, identifica as experiências e ideias, que por fim, converge em possíveis soluções de forma colaborativa. Por sua estruturação, os envolvidos na reunião se mantem mais focados e disciplinados.
A ferramenta possui 3 papéis chaves: Asker, Sharers e Facilitator. O “Asker” é o dono do canvas, a pessoa que compartilha o problema a cerca de um dado assunto e precisa de ajuda para poder resolvê-lo. Os Sharers são os participantes que tem interesse em contribuir, compartilhando histórias, experiências e ideias. Há também a figura do facilitador para ajudar a dinâmica da reunião.
A reunião será guiada por cada parte do canvas delimitada por um timebox adequado:
- Tema e cabeçalho : Definir o contexto que está relacionado o problema a ser discutido para gerar interesse dos partivipantes. O cabeçalho é formado por Onde, Quando, Asker , Sharers e Facilitator, escreva quando e onde ocorre o brainstorm e as pessoas que participaram dessa reunião, essas informações são importantes para posteriores feedbacks.
- Problems and Symptoms: O Asker escreve em post-it e expõe o seu problema e suas principais dores com o objetivo de contextualizar todos. Os Sharers podem perguntar mais sobre os pontos com o intuito de entender o problema, porém sem compartilhar ideias ou experiências.
- Expect Results: O Asker explica para todos quais são seus resultados esperados para com a resolução do problema e os elenca via post-it. O objetivo é ter a visão futura que os problemas não mais existirão e também servirá para a validação do plano de ação do Asker.
- Experiences: Agora é a vez dos Sharers, o Asker somente observa e faz perguntas e anotações, mas sem qualquer julgamento. O facilitador explica que os Sharers devem anotar em post-it experiências vividas ou observadas de perto sobre algo relativo ao problema ou similar do Asker. Após isso, cada um explica seu post-it compartilhando sua experiência.
- Ideas: Os Sharers listam e comentam ideias para o problema. A regra é que são somente ideias, não precisam ter experiência ou ter certeza, é o momento para a imaginação fluir. O Asker se mantem observando e anotando silenciosamente, confrontando com sua realidade, a final, o caminho para a “aprendizagem emergente é conhecimento confrontado com a realidade”.
- To Try: Por fim, o Asker montar e compartilha o seu plano de ação em tudo que foi apresentado . O plano pode contem ideias ou experiências apresentadas ou novas ideias.
Para as etapas 2 a 6, o facilitador deve conduzir as pessoas para que elas se atenham a cada parte para evitar pular etapas, expressem bem suas ideias e experiências da melhor forma, há diversas técnicas de facilitação que auxiliam para essa condução.
Na etapa de Stories podem surgir contextos diferentes, exemplo o contexto do problema é relativo ao ambiente de trabalho, e você teve uma experiência pessoal na igreja, em uma viagem que possa também ser utilizada ou adaptada para o problema em questão, isso ótimo, compartilhe. O objetivo é contribuir para a construção do conhecimento dentro daquele grupo possibilitando emergir ideias sem limitações para que as mesmas sejam defrontadas com a realidade.
O “To Try”, o Asker deve ser franco consigo mesmo para avaliar se a rodada de brainstorm foi suficiente para validar o resultado esperado, caso não seja, recomenda-se fazer a mesma dinâmica com outro grupo.
Técnica do livro “How Creative Workers Learn” de Alexandre Magno. Você também pode ver a explicação do Learning Canvas no YouTube.
Em resumo, a organização do Learning Canvas permite aprender de formar rápida e contínua. Todos os participantes se encontram no mesmo nível, o que permite um bom diálogo e ter várias perspectivas sobre um mesmo problema.
Já tive a oportunidade de facilitar uma reunião com Learing Canvas, o compartilhamento de experiências e ideias em cada momento permite ter bem essa visão do passado e futuro, e fica nítido o momento da aprendizagem emergente, diria até visível as lâmpadas de ideias surgindo em cada participante, o que torna a reunião mais prazerosa. Que tal usar na próxima reunião? Comente a sua sugestão da casa também. Convidem-me para facilitar, será uma ótima experiência. Até mais, pessoal.
Ótima cobertura sobre o Learning Canvas. Parabéns!
Obrigada, muito feliz pelo seu feedback, Alexandre.
Olhando por alto na internet, encontrei este blog com o cotidiano do trabalho envolvendo Agile. Obrigada de coração, tem isso bem interessante ler seus os artigos. Todo sucesso do universo para você 🙂
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De coração: Obrigada, Liah.
Muito obrigado, Liah!!! Como a Jana disse, feedback é muito importante para nós! Seja muito bem vida ao nosso pub!! 🙂
Ok, achamos interessante a proposta e já até estamos aplicando. Mas o que vc sugere p a partir dos resultados alcançados, organizar as ideias e chegar as fraturas? Há alguma outra técnica que possa ser aplicada?
oi, Fábio, desculpa a demora.
Vou te enviar email direto para entender melhor sua pergunta.
Abraço.