Riscos com Crawford

Em uma das primeiras conversas com o cliente, ele sugeriu levantarmos os riscos seguindo a estrutura do PMBok (antes de qualquer preconceito, eu sou a favor de conhecer, estudar e aplicar o PMBok, podemos aprender muito com ele). Veio a minha mente as técnicas de brainstorming, entrevistas, contudo ele solicitou que o levantamento de riscos fosse algo dinâmico e objetivo, evitar ser moroso. \o/ Adorei ouvir essa abertura do cliente, isso facilita bastante em alguns aspectos. Ele sugeriu uma técnica chamada Slip de Crawford, eu juro que nunca tinha ouvido falar. Então o próximo passo foi pesquisar e com isso tive várias surpresas.

 

Primeira surpresa, este método foi criado na década de 1920 utilizada no EUA. Bem novinho né? Originalmente criado para levantar ideias de um grupo grande de pessoas em um tempo reduzido, faz uso de post-it, papel, qualquer coisa para escrever (tenho a sensação que agilistas adoram post-it), conta com a participação de todos envolvidos para validação das informações. Essa semana realizamos a primeira rodada de levantamento de riscos e vou explicar como atuamos:

numero-1

Convidar as pessoas que possam contribuir para o levantamento de riscos

O cliente pôde nos auxiliar nesta etapa, pois ele tinha mais contato com essas pessoas.

numero-2

Defina um facilitador

 Candidatei-me 😀 e contei com a ajuda do cliente para algumas fases. Para facilitar a reunião definimos alguns acordos como o uso do timebox para as próximas etapas.

numero-3 

Contextualizar o grupo convidado sobre o projeto

 Saber o porquê de estar em uma reunião fica mais fácil para atingir o objetivo. Ao descrever o projeto utilizamos imagens, apresentamos  resultados preliminares e diálogo com todos.

numero-4 

Todos os participantes escrevem um risco por post-it

Após a contextualização, todos participaram escrevendo nos post-it, foi muito importante monitorar o timebox para manter o foco.

numero-5 

Realizar o <em>cluster</em> de riscos

Com a ajuda de todos, validamos o entendimento dos riscos escritos, refinamos riscos e até especificações.

numero-6 

Formalização dos resultados

Por fim, como saída desse resultado, atualização do plano de riscos.

Resultado geral:

  • Durante o período de duas horas com pausa para almoço identificamos um montante de riscos significativos para o contexto proposto;
  • Nessa primeira sessão obtivemos ótimos resultados, todos puderam colaborar com ideias e avaliar riscos não imaginados anteriormente;
  • A validação dos riscos contribuiu para refinamento de requisitos;
  • Boas práticas são bem-vindas sempre.

Acredito que essa experimentação contribui bastante para o meu Shu Ha Ri. Pude complementar a técnica sugerida com algumas práticas de facilitação, a exemplo do timebox, intervenções durante a reunião para mantermos o foco, instigar a participação de todos e alinhar a comunicação. Perceba que a facilitação e boas técnicas são complementares, o que otimiza o todo. Agora o próximo passo é utilizar um técnica mais visual contribuindo para a energização do time, a exemplo da Speed-Car-Abyss.

Obs.: Por se tratar de um projeto sigiloso, não posso compartilhar qualquer tipo de imagem. Lamento pela a ausência de imagens.

Link com mais técnicas de levantamento de riscos.

Abraço

 

 

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