Aqui no nosso Pub, já falamos um pouco de comunicação entre times ágeis, exemplificando com o Bit Oráculo da FPF Tech. No próprio artigo, citamos sobre o evento interno chamado Let’s Talk. Hoje irei apresentar para vocês como ele funciona e estimula o engajamento organizacional.
De acordo com o ambiente colaborativo natural que o Scrum oferece, boas práticas não se limitam a serem compartilhas somente no time ágil em que você está. Esse sentimento de colaboração se torna um vírus do bem para todas as áreas envolvidas de uma organização. Com isso há várias maneiras de “viralizar” essa cultura. Uma dessas maneiras é o Let’s Talk, um evento promovido ao público interno da FPF Tech.
O Let’s Talk foi criado com o objetivo principal de compartilhar conhecimentos, as boas práticas e visões sobre determinados assuntos que os times estão passando. Não parece nada novo, né maninho?! Porém para fazer algo que seja interessante e que agregue valor para seu público-alvo, às vezes, a questão não é o QUE, mas o COMO. Juntar um bando de gente em um sala e falar sobre um assunto da empresa durante uma hora, para mim, se chama reunião. Só que, o intuito do Let’s Talk vai além do conceito de reunião, é na verdade aquele bate-papo de bar da hora do cafezinho que permite aprendizagem emergente aliado com um ambiente de confiança.
Em linhas gerais, o Let’s Talk na FPF Tech pode ser dividi em 3 partes:
Antes
Pré-Game
- Convidar pessoas que tenham interesse em compartilhar ideia, práticas, novidades e/ou experiências.
Os trabalhadores criativos do século XXI tem a característica de compartilhar conhecimento, portanto não houve nenhuma dificuldade em encontrar essas pessoas no ambiente de trabalho.
- Definir data e local para ocorrer o evento em si.
Lembrem-se, um bom bate-papo não tem data e local para acontecer, mas ajuda se definirmos um :).
- No dia do evento, preparar o ambiente:
Um bom facilitador deve preparar o ambiente para que o objetivo do evento seja atingido.
Durante
Sprint de uma hora
- Conectar as pessoas ao evento.
Durante os primeiros minutos do evento, apresentar um vídeo e/ou um texto interessante. Para que isso? Para as pessoas se desligarem do que estavam fazendo e se permitirem a entrarem no clima de bate-papo;
- Rounds de bate-papo (iiiiiiit’s tiiiiime).
O facilitador deve definir um timebox para os “palestrantes” possam apresentar/compartilhar/explicar sua ideia, dúvida, indagação,conceito. De que jeito? Em que formato? Não há regra, a única restrição é que a pessoa tem um espaço de durante o time para expor o que deseja.
Há o momento de todos, palestrantes e audiência, interagem durante um timebox. Momento de troca, tirando dúvidas, expondo pontos de vista diferente, adicionando ideias, tudo isso mediado pelo facilitador que deve monitorar o tempo e conduzir as pessoas a manter o foco e permitir a aprendizagem.
- Feedback:
Ao final, o facilitador solicita o feedback sobre o que foi apresentado e do próprio evento utilizando alguma técnica de obter opiniões, exemplos feedback door e formulário.
Depois
Lições Aprendidas
- Melhoria contínua sempre
Ao final do evento é realizada uma reunião de lições aprendidas com os envolvidos e convidados a fim de melhorar o evento e algumas atividades organizacionais.
É importante dizer que o “palestrante” não precisa ser um expert sobre o assunto para estar no evento, o que é bem alinhado com os conceitos de construção de conhecimento apresentados pelo Learning 3.0. O “palestrante” se caracteriza como o protagonista do seu próprio aprendizado, problematiza o que precisa ser aprendido, aprender de forma integrada ao mundo real e compartilhar o que se aprendeu.
Na minha visão, a empresa também está no caminhado do Management 3.0, semeando um ambiente de confiança para os colaboradores criativos aumentem sua rede de comunicação além das trincheiras do time de projeto, permitindo uma abertura ao empoderamento. Aliás, a iniciativa do Let’s Talk foi dos próprios colaboradores com apoio da equipe de comunicação e gerentes.
A aplicação da melhoria contínua se mostra com o ponto diferencial do evento, permitindo que não somente o evento evolua assim como a empresa em si, engajando os colaboradores em atividades do time de projeto e do ambiente empresarial.
Por fim, o evento se mostrou um novo canal de comunicação entre diversas áreas da empresa (time X com time Y, RH com times, alta-gestão com colaboradores e vice-versa ) de forma democrática.
Aqui tem no Canal Conversa Rápida você pode ver um exemplo de evento semelhante ao Let’s Talk e abaixo tem exemplos da Adaptworks de conversa rápida.
Abraços.