A Jornada Do Seu Usuário

Durante o desenvolvimento de um serviço ou produto, conhecer seu usuário final (ou público-alvo) é uma das formas mais eficazes para se obter êxito nessa empreitada. Mas como fazer isso? Bom, há diversos caminhos para isso. Nesse post irei falar mais sobre uma técnica chamada jornada do usuário.

Já ouviu falar sobre a lei de pareto, ou o princípio oitenta-vinte? De acordo com ela, oitenta por cento das consequências, decorrem de vinte por cento das causas. Aplicando esse princípio para um produto, projeto ou serviço, podemos afirmar que apenas vinte por cento das funcionalidades podem resultar em oitenta por cento do benefício esperado. Ou seja, podemos considerar esses vinte por cento como o core de seu produto.

E como essa tal de jornada do usuário pode me ajudar? Muito boa a sua pergunta. Descubra! Primeiramente vou começar por uma definição que acho bem interessante de Jeanne Liedtka e Tim Ogilvie, autores do livro A Mágia do Design Thinking:

O mapeamente da jornada é a representação, por meio de um fluxograma ou de outro tipo de gráfico, da experiência do cliente ao interagir com a sua empresa, recebendo dela um produto ou serviço.

Maneiro, né? Às vezes, conhecer o perfil do seu usuário nem sempre é o suficiente para determinar quais funcionalidades tem mais valor para ele. Essa técnica é muito utilizada pela galera do Design Thinking e também é uma das etapas do livro Direto Ao Ponto, de Paulo Caroli.

No ambito de negócio, podemos dizer que é uma excelente forma em mitigar os riscos de investir esforço em uma funcionalidade que ninguém vai utilizar. Isso faz muito mais sentido com a seguinte afirmação dos autores Jeanne Liedtka e Tim Ogilvie:

A razão nº 1 para o fracasso das ideias de crescimento é que mal interpretamos o que os clientes querem. A forma mais segura de diminuir os riscos de um projeto é pelo desenvolvimento de uma noção mais profunda em relação a ele.

A seguir uma imagem para ajudar a visualizar melhor a jornada do usuário.

Jornada do Usuário | Fonte: Daniel Paz de Araújo

Jornada do Usuário | Fonte: Daniel Paz de Araújo

E como costumo fazer?

Bom, acredito que essa é uma excelente forma para se trabalhar em conjunto com as suas personas. Ele me ajuda a entender melhor o dia-a–dia do usuário e como um produto pode interagir com ele.

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Após montar a persona a quem eu quero atingir, procuro mapear, junto com o time, o seu dia-a-dia.

Ex: 1. Minha persona vai a pé para a parada, 2. Espera pelo seu ônibus por volta de vinte minutos.

Quanto mais pessoas envolvidas no contexto do produto ou serviço participarem, mais rico será esse mapeamento.

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Após mapear, tento inserir as formas como ela vai interagir com o produto, considerando o core das principais funcionalidades.

Ex.: Enquanto ela espera o ônibus, ela pega o celular e acessa o blog Agile.Pub e faz uma doação para nós. Por que não? 😉.

Muito simples, não?

Para mim, a melhor forma de você saber como é o dia-a-dia de seu usuário é stalkeando observando-o de longe. Porém, caso não tenha como fazer isso, procure sempre envolver pessoas que conheçam o seu usuário na construção da jornada. Para complementar a sua observação, é sempre interessante a possibilidade de conversar com eles. Sempre que possível experimente bater um papo.

A última dica e a mais importante de todas é tentar sempre validar as informações que você levantou nesse processo de jornada do usuário. Como já falei anteriormente, antecipar o fracasso da sua ideia é a forma mais barata, segura e assertiva para o sucesso do seu produto.

Espero que tenham gostado!

Um grande abraço

Procure utilizar essa técnica também para ter insights e enxugar as funcionalidades que não fazem parte do core de seu produto.
Vale a leitura no post da MJV sobre o assunto.
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